terça-feira, novembro 30, 2004

SÓ HÁ UM GÉNIO DA BLOGOSFERA

Não, não sou eu. É o maluco do acausafoimodificada.
Nunes A

SAMPAIO PLATÃO E OS ANÚNCIOS DA MANGO

Então agora porque o ministro do desporto (do desporto caralho, não é o das finanças, da defesa, da economia, é o do desporto caralho!!) está com o período e faz birra, temos eleições? Porquê? Ahh ele era muito amigo do Santana, era um Santanista e a carta que ele escreveu, com aquele tom, inédito na política portuguesa…. Ai ai ai! vou chamar o meu pai… e o Sampaio. Tivemos dois anos a aprovar orçamentos com sabor a queijo e ninguém achou que isso fosse motivo de instabilidade. O Pina Moura foi demitido enquanto defendia algo indefensável no parlamento na posição de ministro, que ele achava que ainda era mas que a comunicação social já sabia que ele não era, e nada aconteceu. Imaginemos que ele tinha escrito uma carta, alguém acharia que era motivo para fazer bota abaixo? Esclareço-me; não morro de amores por Santana e abomino muitas das medidas do seu governo, nomeadamente tudo que está relacionado com as inanes taxas moderadoras, autênticos atentados à classe média, mas para um mandar abaixo um governo (o que já é mau) e nos sujeitar a todos a eleições (o que é pior ainda) é preciso algo sério. Eleições…..telejornais inteiros para lá do deprimente, demagogia regurgitada todos os dias em todo o lado, os horríveis cartazes. Pensem um pouco, querem mesmo ter que antecipar o desprazer de, ao invés de sermos confrontados com esguias modelos promovendo perfumes carros ou whatever…ter que levar com o sorriso do Santana do Socrates e com o esgar do Jerónimo de Sousa (que o homem não possui sorriso, ah pois não possui não). Para nem falar da carga de estrume intelectual que o Bloco depositará já que os media (atenção a palavra media vem de mediania) lhes dão tanto tempo de antena quanto tem o Castelo Branco (sim a bicha tonta alegadamente heterosexual, alegadamente inteligente, alegadamente chique e efectivamente célebre). É isso que vexas desejam? E também que não seja aprovado orçamento e vivamos de duodécimos, ou lá como aquela merda se chama? E que nos próximos seis meses se visitem triliões de feiras, se inaugurem troços de asfalto, se recebam delegações de operários, economistas, lésbicas, anões transsexuais, crianças abusadas e sei lá mais o quê… Será mesmo isto que os "portugueses querem"? Eu sei que temos que passar por estas merdas, mas não seria melhor fazê-lo de 4 em 4 anos, em vez de 2 em 2? E ainda por cima, porquê? porque um ministro, tão essencial para a estratégia do governo que tinha sido remodelado 4 dias antes e cujo próprio afirmava quase nunca ter tido oportunidade de fazer nada, se demitiu e escreveu uma carta zangada? Epá, tenham paciência e deixem-me trabalhar.
Nunes A

domingo, novembro 28, 2004

NEWTON, SÓCRATES E SAMPAIO

Vamos ser claros, este Governo deixou de ter condições objectivas de continuar no poder. As asneiras são simplesmente demais e a maçã de tão podre está quase a cair da árvore, directamente em cima da cabeça de Sampaio. Neste momento estou perfeitamente convencido das razões que levaram Sampaio a não convocar eleições antecipadas há 4 meses: o PS ainda não se encontrava em condições de formar governo por não ter ainda uma liderança consistente. Nestes 4 meses muita coisa mudou. O Governo PP-PSD (a ordem não é aleatória) tem sido um desastre, os escândalos sucedem-se e a insatisfação e contestação são generalizadas. Esta última demissão de Henrique Chaves é a cereja em cima do bolo e começam-se a adivinhar eleições antecipadas. Entretanto Sócrates já deu o toque a Sampaio e já admitiu que está pronto a governar o país.
Começa a ser inevitável a dissolução do Parlamento. Mesmo que não seja já, duvido muito que este governo se mantenha de pé até 2006. Paulo Portas deve andar muito nervoso, pois deve estar a sentir que os seus dias no poleiro estão contados. Bom, vamos ver o que acontece e se Sampaio opta por convocar eleições.
MNM

sexta-feira, novembro 26, 2004

DELICATESSEN

Disse o Ministro Henrique Chaves, quanto ao DVD que lhe foi dado pelos representantes do Sport Lisboa e Benfica, que só não o atirou pela janela por delicadeza.

Calculo que o vir dizer isto assim para os jornais no dia seguinte seja mais uma delicadeza do gorducho...
AMC

quinta-feira, novembro 25, 2004

UMA BOA RAZÃO PARA ACOMPANHAR O JULGAMENTO

Se é que ainda não repararam, existe uma jovem e loira advogada, que penso ser do arqueólogo Francisco Alves, que tem aparecido com bastante frequência nas nossas televisões. Prestem atenção a esta beldade absolutamente deliciosa que não se vão arrepender.
MNM

POIS QUE IUCHEEENKO EU VI QUE

Iucheeeeenko. Está frio, muito frio, mas, já repararam, estamos a 25 de Novembro e ainda não choveu este mês. Deve ser um record, mas ninguém fala disso. Agora ninguém falará de mais nada a não ser da casa pia. Iucheeeeeeeeenko. A não ser, claro, que o benfica volte a primeiro. Mas isso é pouco provavel. Agora este tempo....fantástico, não? Sol todos os dias. Se bem que isto de o dia acabar às 5 da tarde é obsceno para dizer pouco, principalmente com este tempo. Iucheeeenko. Muitas coisas haveria a dizer sobre aMonica Belluci. Muitas coisas há sempre para dizer sobre a Monica Belluci. Muitas coisas há a dizer sobre as mulheres. E sobre primeiros ministros e certo tipo de quintas. Porque hoje é quinta..-feira, dia de estreias. E o novo álbum dos u2...(suspiro), não que esperasse grande milagre, embora de uma banda que já saltou do rattle and hum para o Achtung Baby....mas, nada disso, nada disso. Continuo a achar, que, para já e sem pensar muito sobre isso, o novo álbum de INTERPOL, quando bem ouvido quando bem ouvido, é o melhor álbum do ano. Para já e sem pensar muito nisso. Iucheeeeeeeeenko. E, by the way, temos 3 leitores sem ser quem escreve aqui. Não está mau pois não? Já há mais pessoas a ler-nos do que aquelas que decidem quem é o novo líder do partido comunista. Iucheeeenko. Tenho que parar..acho que a TVI vai fazer um directo a dizer o que comeu Carlos Cruz ao pequeno-almoço.
Nunes A

MANIFESTAÇÃO

Ainda hoje passei por mais uma manifestação no Marquês de Pombal, em que estudantes se manifestavam contra o pagamento de propinas. Parece-me que se tivessem metade de empenho e entusiasmo pelos estudos que têm por este género de eventos, Portugal era capaz de estar na vanguarda da educação...
AMC

quarta-feira, novembro 24, 2004

SONDAGEM

O polifonias pede, encarecidamente, aos seus leitores que comentem este post para que tenhamos um número aproximado de quantas pessoas, alem de quem escreve, lêm esta coisa. Peço também aos colegas escribas que se abstenham de comentar com assinaturas tipo "George Bush: Eu leio o Polifonias e gosto muito do Nunes A" ou "Cicciolina: ler o poligonias excitame-me mais que um cavalo". Muito Obrigado.
Nunes A

ESTAMOS EM PULGAS PARA

The incredibles (animação da Pixar)
Alexander (Oliver Stone)
The house of the flying daggers (Zhang Yimou, o mesmo realizador de Heroi)
La Niña Santa (da Lúcrecia Martel, a mesma do Pantano)
O fantasma da Opera (por Joel Schumaker...este bem pode vir a ser um flop..mas, esperemos para ver)
Nunes A

BONS E GRANDES FILMES E CONTRA-INDICAÇÕES

2004- contra-indicado para não românticos e para quem não gosta de restaurantes chineses.
Histoire de Marie et Julien (só estreia amanhã)- contra indicado para quem não gosta de filmes franceses e não suporta a visão da Emanuelle Béart nua.
Desencontros- contra-indicado para quem não gosta de cinema independente americano e para quem não quer ver a Naomi Watts quase-nua e ainda para quem não gosta de filmes sem uma única explosão.
Comme une Image (não me lembro do título português)- contra-indicado para quem não gosta de filmes franceses e de diálogos; contra indicado para quem gosta do Fernando Rocha.
Noite Escura- contra-indicado para quem não gosta de cinema português, de casas de passe e de ouvir o médico de família dizer "vão lhe partir a cona toda" ou a Rita Blanco ejacular "pois, passas o dia a roçar o cu nas ostras...".
Antes do anoitecer- contra-indicado para idiotas, não românticos e homens com os testículos atrofiados.
Nunes A

segunda-feira, novembro 22, 2004

EMPATAS

É preciso ser-se uma equipa como o SPORTING para depois da derrota caseira do Porto desperdiçar a oportunidade de subir na tabela empatando, fora, no tempo de descontos, um jogo que dominou completamente. Mas, acima de tudo, é preciso ser-se uma equipa como o benfica para, depois das escorregadelas de Porto e Sporting, empatar em casa, depois de ter estado a ganhar 3-1. Cada vez tenho mais a sensação de que, mesmo num campeonato com uma só equipa o benfica não seria campeão. Lampiões, não fiquem tristes, é pró ano.... ou não.
Nunes A

sábado, novembro 20, 2004

PINILLA DESAPARECIDO

Fontes próximas do jogador indicaram que o atraso de Pinilla na sua chegada a Lisboa foi motivado por uma reunião familiar que o mesmo teve no seu país de origem onde foi posta a séria hipótese de Pinilla terminar a sua carreira, agora que se encontra no auge após ter marcado um golo em jogos oficiais.
Acabei de ver agora o Porto a perder em casa com o Boavista com um golo em fora de jogo e em tempo de descontos e confesso que deu-me um gozo do ca#?lho.
MNM

sexta-feira, novembro 19, 2004

A MINHA PRIMEIRA IMAGEM NUM BLOG



A primeira vez é sempre especial
Nunes A

quinta-feira, novembro 18, 2004

POR OUTRO ESTOU TRISTE

O Beira-Mar vs Sporting é à mesma hora que o Barcelona Vs Real Madrid. Quem é o responsável??? Se calhar até faço uma coia inédita. Gravo o jogo do sporting na TVI e vejo o Real Madrid em directo. Se calhar....se calhar.....
Nunes A

POR UM LADO ESTOU CONTENTE

Estreia hoje o 2046 do Wong Kar Wai. Direi mais sobre o filme, quando o vir. Mas dizem por aí que é muito muito muito bom. Basta dizer que segue a onda do In the Mood for Love. Ainda não viram o In the mood for love??? É por causa de gajos como vocês que o 2046 estreia na sala 1 e não no cine-teatro. Porque preferem ver o Bridget Jone sou uma coisa assim. Ahh, estavam a brncar! Claro que viram o In the mood for love. Claro!
Nunes A

quarta-feira, novembro 17, 2004

MODÉSTIA À PARTE

O meu post sobre o Arafat é muito bom, e merece que o leiam. Vão lá fazê-lo, e, se estiverem para aí virados, comentem. a gerência agradece

Nunes A (sabendo que se o Sporting ganhar o próximo jogo fará um bom campeonato)

segunda-feira, novembro 15, 2004

COINCIDÊNCIAS...6-1

Não sei se a maior proeza foi o Sporting ter dado 6 ao Boavista ou o Pinilla ter marcado um golo, mas 6-1 é um resultado extremamente invulgar.
No entanto neste Domingo aconteceram mais 2 resultados iguais em campeonatos importantes: O Real Madrid ganhou 6 a 1 ao Albacete e o Flamengo perdeu também por 6 a 1 com o Atlético de Belo Horizonte no Brasileirão.
É caso para dizer: "What are the odds??!!"
Se fosse há um ano atrás diria que devia ser mais provável ter um português como Presidente da Comissão Europeia e o Santana como PM, mas agora limito-me a dizer que deve ser mais provável o Robinho vir para o Benfica e sermos campeões: Pode ser que dê sorte.
MNM

PREMONIÇÃO?

E como convém sempre dar uma no cravo e outra na ferradura, já repararam que o Forrest Gump estreou em 1994, ou seja no mesmo ano em que o George W. Bush chegou pela primeira vez a um cargo político (governador do Texas)?
AMC

sexta-feira, novembro 12, 2004

BUSH

Como bem sabem (ou se não sabem já terão dado conta), estou bem longe de poder ser considerado um adepto do Bush. Aliás, como grande parte de nós, apesar de achar que não seria um candidato por aí além, tinha esperanças na eleição de Kerry nas últimas eleições presidenciais americanas.

No entanto, apesar disso, há uma coisa que eu não percebo. Os grandes detractores do Bush dizem por um lado que o homem não é muito inteligente (ou melhor, que está bem perto de ser atrasado mental), mas por outro dizem que ele não passa de um joguete nas mãos de outros que se movimentam nas sombras.

O que eu pergunto é, se ele é controlado por outros, o que é que o QI dele interessa para o caso?
AMC

quinta-feira, novembro 11, 2004

A MORTE DE ARAFAT VISTA NUMA TELEVISÃO SEM SOM E RELATADA PELO TONECAS

Hoje morreu um homem muito conhecido: Yasser Arafat. Demorei um bocado a perceber porque era famoso, mas após o visionamento de vários telejornais conclui que deve ser o beijoqueiro mais conhecido do mundo. Ao contrário de outros beijoqueiros de renome, que têm que beijar o Papa ou futebolistas assim só de raspão e para desagrado dos visados, o Yasser era um tipo que todos gostavam de beijar. Além disso tinha uma boca enorme mesmo boa para óscular. Esse senhor gostava tanto de beijar, que muitas vezes se punha a soltar beijos para o ar e, numas imagens que mostraram, beijou o mesmo homem dez vezes seguidas. Demorei a perceber a toalha na cabeça. Depois, tive um momento Eureka. Claro! è para limpar aqueles enormes beiços depois da sessão de beijoquice. As pessoas gostavam muito do Yasser. Ele beijou muita gente, do Mário Soares ao Freitas do Amaral, do Tony Blair ao Papa. Várias pessoas falaram sobre os beijos de Yasser. Suponho que tivesse bom hálito. Só houve um senhor, muito gordo e mal encarado que aparecia à frente duma bandeira branca com uma cruz esquisita, que não parecia gostar dos beijos de Yasser...ou talvez tivesse a lamentar nunca o ter beijado, não sei. Apareceram também uns rapazes com as cabeças cobertas de capuzes pretos. Vê-se logo que é uma reguilice de quem não queria ser beijado pelo velhinho Yasser. Mostravam também uma casa em ruinas, que devia ser onde o divertido Arafat (sempre a rir nas imagens) brincava às escondidas. Se calhar era com aquele senhor gordo e mal encarado. Parece que o Yasser também ganhou um prémio. Deve ter sido um record do guiness dos beijos ou qualquer coisa assim. Fiquei com muita pena que tivesse morrido sem me beijar. Até aquele senhor que dante sse ria muito na televisão e agora quase nunca parece, veio falar dos beijos do Yasser, o senhor Guterres, acho eu. Pelo que pude perceber O Yasser morreu em França. Tentei perceber através das imagens a causa da morte. Como haviam muitas explosões pensei que pudesse ter alguma coisa a ver com um incêndio no Hospital. Mas, inclino-me mais para a hipótese de desidratação. Como apareceram muitos mapas não percebi bem nem de onde é que ele era nem onde é que ia ser enterrado. Fiquei com vontade de saber mais sobre este senhor. Houve coisas que não deu para percber, como se ele beijava só homens famosos ou mulheres também? Quem era uma senhora gorda e loira que aprecia sempre muito zangadae quem eram todos aqueles homens de fatos e gravatas com ar muito sério. Seguirei atentamente o desenrolar desta história.
Nunes A

quarta-feira, novembro 10, 2004

A EUROPA TOLERANTE MULTICULTURAL E BLA BLA

Cito do Andrew Sullivan:

EMAIL FROM OSLO: It was the anniversary of Kristallnacht last night. My friend Bruce Bawer observed it in Norway:

"This evening in Oslo there was a march commemorating Kristallnacht. According to TV2 News, no Norwegian Jews were present. The authorities, saying that they did not want any trouble, forbade any Jewish symbols, including Stars of David and Israeli flags. On the TV2 evening news, a group of Jews and their friends who wanted to take part in the commemoration were shown being firmly told by a policeman to "please leave the area." This in a city where Muslim demonstrations take place on a regular basis, and include signs and banners bearing hateful, barbaric slogans."

What on earth is happening to Europe's sense of right and wrong?

Depois, como sei que alguam esquerda não tem a história em dia, dou uma ajuda:

What was Kristallnacht?
On November 9, 1938, Goebbels announced a government sanctioned reprisal against the Jews. Synagogues were ravaged and then burned. Jewish shop windows were broken. Jews were beaten, raped, arrested, and murdered. Throughout Germany and Austria, the pogrom rampaged.
Police and firefighters stood by as synagogues burned and Jews were beaten, only taking action to prevent the spread of fire to non-Jew owned property and to stop looters - upon Heydrich's orders.

The pogrom spanned the night of November 9 to 10. During this night 191 synagogues were set on fire.
The damage to shop windows was estimated at $4 million U.S. dollars. 91 Jews were murdered while 30,000 Jews were arrested and sent to camps such as Dachau, Sachsenhausen, and Buchenwald.

Nunes A

terça-feira, novembro 09, 2004

NÃO SEI SE REPARARAM

Mas já consigo assina outra vez a bold. Cuidado comigo.
Nunes A

CHORRILHO DE ASNEIRAS

O Ricardo tem mãos de menina. O Diego tem ar de menina mas pés de craque. O resultado é injusto, mas a derrota merecida; o Sporting jogou para empatar. O Miguel Portas tem os dentes sujo e eu continuo sme perceber como é que nos jantares Portas eles não tentam enfiar pernas de frango pelas goelas uns dos outros. A Clara Ferreira Alves tem um cabelo peculiar mas escreve com muita graça há muito tempo. O inimigo da liberdade não é o Bush, mas os fundamentalistas islâmicos que matam realizadores de cinema, escritores e tradutores, e que detestam concursos de misses. Eu não tenho medo do Bush por ele dizer calinadas, mas tenho medo do homem que desdenha quer homossexuais quer a exposição das pernas rostos e mamas femininas, como o fazem os ayatholas. Adoro o Verão de São Martinho mas não deliro com castanhas. Detesto burocratas. Tenho que procurar discutir menos, se eles querem gritar “o mundo está a acabar”, pois que gritem que se lhes acabará a voz muito antes de se acabar o mundo. Economicamente quem tem mais a ganhar com a reeleição americana é Michael Moore. Four more years de livros com títulos estúpidos (e sempre com a sua fotografia na capa) e pseudo documentários. Aquilo na costa do Marfim tá bonito, tá. A Angelina Jolie é, obviamente, um boneco virtual. O Coetzee é, talvez, o maior escritor vivo. Alguém me diz que som mesmo mesmo fixe é que anda praí? Porque é que nesta temporada não há mesmo concertos de rock em Lisboa? Eu digo que quando chover a malta toda que vai ao Bairro Alto não caberá dentro dos bares, mas há quem me contradiga. Veremos. Estamos em pleno revivalismo dos anos 80. O coupling americano não tem metade da piada do inglês. Acausafoimodificada é de longe, o melhor blog que conheço. É talvez, o único exemplo de genialidade na blogosfera. Genialidade a fazer um blog, e só isso (e não é pouco, pois não?). O Mexia também é muito bom. O Lobo Antunes faz anos de carreira, parabens,. Deiva ter-me lembrado e escrito este post sem maiusculas e pontos finais
deixar que as frases começassem fosse como fosse
e interrompendo as coisas quando
acima de tudo faltam menos de quatro meses para o álbum anderson-butler
Um dia destes ainda abro um blog solitário só para não ter que ler o Sousa Tavares
Tou a brincar, eu acho graça ao Sousa Tavares, mas prevejo que daqui a trinta anos ainda estará profundamente indignado com seja quel for o governo da altura e com outras coisas também…além disso é do porto, e hoje não tou muito virado para aí…
Nunes A

EU TAMBÉM NUNCA FIZ ISTO ANTES

O quê? Postar um artigo inteiro, neste caso a crónica do arrogante Miguel Sousa Tavares do Público. Nunca o tinha feito porque achava que estaria a violar uma lei qualquer, nomeadamente de direitos de autor. Mas, já que o fizeram aqui no polifonias@blogspot.com, também o farei aqui. Porquê? Porque acho que o Miguel Sousa Tavares não é um das cronistas mais sensatos deste país (nem sequer gosto do homem), mas para além disso escreve muito bem, tem graça and she goes straight to the nerve. Vá, façam lá o esforço e leiam o seguinte:

God Bless America!
Por MIGUEL SOUSA TAVARES
Sexta-feira, 05 de Novembro de 2004

Quem me lê regularmente sabe que desde há muito, creio que mesmo desde antes do 11 de Setembro de 2001, fui antevendo a reeleição de Bush. Na verdade, só tive algumas ligeiras dúvidas na própria terça-feira, quando os números inabituais de afluência às urnas nos Estados Unidos pareciam indiciar uma recuperação de última hora do campo democrata - se, como o previam os analistas, novos eleitores significassem mais eleitores democratas. Mas os analistas estavam errados: os novos eleitores votaram, afinal, maioritariamente nos republicanos, confirmando a tendência nacional a que Nixon chamou "a maioria silenciosa" que, quando fala, fala à direita.

O que se passou terça-feira nos Estados Unidos foi a consumação de um lento mas seguro deslizar da América para longe dos valores liberais que durante mais de duzentos anos foram responsáveis pela construção do mito da "land of the free". Desde que visitei pela primeira vez os Estados Unidos, em 1976, numa longa viagem de automóvel e "roulotte", costa a costa, muitas coisas mudaram no coração desse país que então me fascinou e seduziu. Mesmo nos estados do Sul, hoje, como tradicionalmente, bastião dos valores conservadores, respirava-se uma atmosfera de espaço, de liberdade e de respeito pela identidade e diferença alheia, que reflectiam afinal um outro valor intrínseco ao "cowboy country" e com o qual o Sul foi desbravado e construído: o direito de cada um escolher o seu caminho e a sua forma de estar e de viver, não incomodando os outros e sem que os outros o incomodassem. Julgo que o que mudou essencialmente, desde então, foi isso mesmo: uma maioria, dita "moral" e reclamando-se de uma legitimidade concedida por Deus, decretou um catálogo de pretensas virtudes a que chamam "valores" e que, aos poucos, foram impondo a toda a América e pretendendo impor a todo o mundo.

Essa revolução subterrânea da direita americana foi transformando os Estados Unidos num Estado confessional, exigindo do governo federal ou dos governos estaduais um papel de vigilante da moral e das virtudes que têm como boas e únicas aceitáveis. Lembro-me de, perante a ironia condescendente, começar a escrever sobre isto a propósito da perseguição aos fumadores - que, sob a capa de um caso de saúde pública, era, de facto e como o declarou sem subterfúgios uma comissão de inquérito do Congresso, "a moral issue". O problema não estava no facto de o maior produtor e vendedor de tabaco no mundo pretender, contraditoriamente, perseguir o consumo de tabaco. O problema principal era e é o carácter de cruzada da virtude contra o vício de que essa política se revestiu. Seguiu-se a cruzada igualmente moralista contra o "sexual arressment", uma e outra campanha conseguindo a perversão cívica de converter multidões de cidadãos banais em vigilantes da "moralidade" alheia. Uma nação de gente tolerante e liberal tem vindo lentamente a evoluir para uma nação de fiéis intransigentes, comandados por pregadores evangélicos. Não deixa de ser preocupante constatar que este é o sentido inverso em que tem evoluído, por exemplo, a sociedade civil do Irão dos "ayatholahs" - não há muito tempo atrás, no tempo de Jimmy Carter, visto como o país cujos valores e fundamentação religiosa do poder mais contrariavam os valores da democracia americana. Hoje, em 2004, as multidões que assistiam aos comícios de George Bush não gritavam "bravo!" nem "viva!", mas sim "amen" e "aleluia". Num momento de maior entusiasmo, o próprio Bush sentiu-se autorizado a declarar que às vezes "falava com Deus". Não admira que o Papa e Buttiglione, assim como os dirigentes teocráticos do Irão e a Casa de Saud, fossem seus apoiantes.

Com o "affaire" Lewinsky (para o qual os próprios democratas se deixaram arrastar sem medir as consequências da gravidade do que, antes de mais, estava em jogo - o direito à intimidade da vida pessoal de cada um, seja Presidente ou emigrante clandestino), a "maioria moral" dos Estados Unidos sentiu-se já suficientemente forte e incontestada para ditar as suas virtudes e leis ao próprio Presidente, castigando-o e humilhando-o aos olhos do mundo inteiro, com o autêntico apedrejamento em praça pública que foi a colocação na Internet dos mais íntimos detalhes da sua relação sexual com a jovem Lewinsky.

Em 2000, essa "maioria moral" - que, aritmeticamente, estava quase a sê-lo mas ainda não o era - teve de recorrer à batota na contagem de votos e à colaboração da maioria de extrema-direita do Supremo Tribunal para conseguir eleger o seu Presidente. Em quatro anos de mandato, o seu Presidente revelou-se o mais incompetente de toda a história americana. Pôs a economia num caos, perdeu centenas de milhares de empregos, desfez o sistema de segurança social e ameaça transformar o direito ao ensino e à saúde num privilégio de ricos, meteu os Estados Unidos numa guerra e ocupação do país errado, sem saída à vista e apenas com benefício para os amigos e família do Presidente envolvidos nos negócio de armas e de petróleo e, como o provou eloquentemente a provocadora aparição de Bin Laden quatro dias antes da eleição, não conseguiu qualquer progresso visível na luta contra o terrorismo, muito embora, para o tentar, tenha subvertido a lei internacional e a própria Constituição americana, em Guantanamo, nas prisões do Iraque, e mesmo em território americano, graças ao regime de suspensão de direitos civis instituído pelo "Patriot Act". E, sobre tudo isto, que são os resultados práticos da sua administração, confirmou ainda a sua imensa ignorância, o seu desnorte e paralisia em momentos de crise como o 11 de Setembro, a sua incapacidade de ter qualquer ideia que vá além da extensão de uma frase que caiba numa linha de teleponto, e a sua falta de escrúpulos em mentir olhos nos olhos, forjar provas, deturpar informações, censurar ou falsificar relatórios científicos, sempre e quando isso convier aos seus "valores". E foi por esses "valores" e nada mais que a crescente sociedade civil americana, que faz deles profissão de fé, o reelegeu - agora sem precisar sequer de fazer batota. Porque, hoje sim, eles são a maioria que vai desenhando a nova face da América, outrora liberal, e refazendo um mapa político que remete preocupantemente para o mapa anterior à Guerra da Secessão.

Ao contrário do que jubilosamente se apressou a dizer essa jovem secretária de Estado do PP, que era para ser da Defesa e acabou por ser da Cultura, a vitória de Bush não implica que "a esquerda americana e europeia tenham de rever os seus valores". Porque quem tem valores, quem verdadeiramente tem valores, não os revê por contingência ou conveniência eleitoral - e, ao menos nisso, Bush foi mais coerente do que nossa apressada secretária. Acontece, sim, é que os valores hoje dominantes na América não são os nossos - não apenas os da esquerda europeia, mas os de uma maioria substancial, sólida e antiga, de europeus que são tributários da história de Atenas e não da de Esparta. Perceba-o ou não a senhora, na Europa em que nos revemos, não discriminamos os homossexuais, não colocamos o aborto na clandestinidade, não defendemos que os ricos paguem os mesmos impostos que os pobres, não defendemos a liquidação da função social do Estado, não misturamos a política com Deus, não aceitamos o sistema penal de Guantanamo, não defendemos a pena de morte e, além do mais, não invocamos nenhum mandato moral ou divino para impor estes valores aos outros.

Em 1976, entre mim e o homem que comigo bebia um café numa bomba de gasolina junto a Flaggstaff, no Arizona, havia a crença comum de que a liberdade não era apenas aquela de que cada um de nós gozava, mas também a de que os outros, quaisquer outros, podiam gozar: a minha liberdade só existe enquanto existir a liberdade do outro. Hoje, seguramente que entre mim e o americano anónimo de Flaggstaff existem muito poucos valores comuns. Ele mudou os dele, eu não faço tenções de mudar os meus. Apenas, e embora seja parte ilegítima na matéria, anseio pelo dia em que a América volte a ser a pátria da liberdade. Porque tenho saudades de Flaggstaff. 
JQ

segunda-feira, novembro 08, 2004

NUNCA FIZ ISTO ANTES

O quê? Postar um artigo inteiro, neste caso a crónica da fabulosa Helena Matos do Público de Sábado. Nunca o tinha feito porque achava que estaria a violar uma lei qualquer, nomeadamente de direitos de autor. Mas, já que o fizeram no contraacorrente@blogspot.com, também o farei aqui. Porquê? Porque acho que a Helena Matos é uma das cronistas mais sensatas deste país, mas além disso escreve muito bem, tem graça and she goes straight to the nerve. Vá, façam lá o esforço e leiam o seguinte:

Na Escolinha do Pensamento Único
Por HELENA MATOS
Sábado, 06 de Novembro de 2004
"Na vitória de Bush existem dados que de modo algum podem ser ignorados e um deles é a derrota do unanimismo. Do pensamento único. Do politicamente correcto. Ou de como se quiser chamar a essa arrogância que tem levado milhões de almas a considerarem que apenas os estúpidos, os ignorantes, os intelectualmente intoxicados e, claro, os que representam obscurantissimos interesses discordam das suas teses. Aliás uma das características do pensamento único é essa estruturação em função do inimigo externo. É a esse inimigo que dedicam grande parte dos seus discursos, subestimando um programa político. Nazis, fascistas e comunistas, expoentes ideológicos do pensamento único, são disso um bom exemplo. Ironicamente é pela sua relação com os inimigos que acabaram a ser julgados na posteridade: os campos de extermínio, a tortura, as execuções sumárias - ou seja as formas a que recorreram para se desembaraçarem dos inferiores - sobrepõem-se àquilo que fizeram ou se propuseram fazer com aqueles que os apoiavam.

Nas democracias, os continuadores desta gente de convicções sólidas sobre o QI e o carácter dos outros, são os zelosos arautos do politicamente correcto. E estes arautos instituíram Bush como o inimigo. Logo ao mesmo tempo que o depreciavam intelectualmente, apresentavam-no como isolado do mundo da cultura. Listas de cantores, realizadores de cinema, jornalistas, escritores... foram-se declarando anti-Bush e essa tomada de posição era apresentada como um acto de resistência pese ser absolutamente consensual no mundo de que provinham essas pessoas. O aval dos intelectuais e dos artistas a determinados líderes e a sua rejeição a outros funciona não apenas em termos obvia e directamente mediáticos mas também de forma muito mais profunda apelando a que haja uma identificação entre o líder apoiado e a inteligência. O líder rejeitado, antes pelo contrário, é apresentado como anti-cultura, anti-inteligência. No mundo do pensamento único está instituído que Bush é estúpido pois Michael Moore - tão culto e que tem tido tantos prémios de cinema - provou que ele é estúpido. Faz tanto sentido acreditar na estupidez de Bush a partir dos filmes de Michael Moore quanto presumir que os alemães eram uma raça superior após visionar os documentários de Leni Riefenstahl, mas uma das características do pensamento único é precisamente o conseguir renovar constantemente os objectos dos seus ódios e paixões, sem nunca questionar a sua disponibilidade para acreditar naquilo que quer e precisa que seja provado.

Bush será provavelmente tão ignorante e estúpido quanto Jimmy Carter. Exactamente esse que foi presidente dos EUA e que os europeus transfomaram dum produtor de amendoins incapaz de perceber o mundo num misto da bondade da Madre Teresa de Calcutá e da inteligência de Albert Einstein, desde que declarou que o escrutínio na Flórida podia não ser fiável. Mas esse mesmo ex-presidente norte-americano, quando estava na Casa Branca chamou com carácter de urgência, o físico Fran Press. Porquê? Carter tinha lido num jornal "Do Sol chegam menos neutrões do que se esperava". O conselheiro científico confrontou-se com um alarmado Carter que lhe perguntou "O que podemos fazer, Press?" Será esta história de pacotilha verdadeira? Não faço ideia mas é do mais elementar bom senso não se avaliar por este episódio a cultura de Carter, sendo que me parece absolutamente normal que Carter tenha reagido como reagiu. Mas quantas pequenas histórias como esta temos ouvido com o propósito de corroborarem esse dogma inquestionável que é a estupidez de Bush?

A este subestimar constante dos adversários - note-se que nunca se subestima a sua força, antes se exagera porque o pensamento único precisa de inimigos apenas se subestimam as suas capacidades intelectuais e o seu perfil moral - junta-se o culto dos líderes do pensameto único. Os baús da História estão cheios de fotografias retocadas, biografias amputadas ou pura e simplesmente inventadas. (A quem quiser contemplar este exercício numa versão praticamente extinta recomendo o site da Coreia do Norte http://www.korea-dpr.com ou o jornal cubano Granma na sua versão digital http://www.granma.cu ). Na versão mais corrente e próxima temos já não a criação de personalidades exemplares de Chefes, Queridos Líderes, Grandes Timoneiros, Generalíssimos... mas sim títulos como "John Kerry, aristocrate de gauche" ( jornal "Le Monde" de 26 de Julho) que revelam não só um profundo desconhecimento quer do programa quer da biografia de John Kerry como uma enorme e inquietante disponibilidade para sobrevalorizar um homem, no caso Kerry, em detrimento de outro, no caso Bush.

Independentemente do candidato que se tenha apoiado, as eleições norte-americanas acabaram por ilustrar a cegueira a que conduzem os consensos inquestionáveis e os unanimismos. Contudo no nosso dia a dia, eles estão aí, às vezes tão absurdamente evidentes que já não nos espantam nem indignam. Veja-se, por exemplo, a forma como, esta semana, foi relatado o assassínio do realizador Theo van Gogh: "O realizador holandês da curta-metragem Submissão, Theo van Gogh, foi ontem assassinado, em pleno dia numa rua de Amesterdão. O controverso cineasta acabara de realizar um filme sobre o assassínio do político populista e de ultradireita Pim Fortuyn, morto em Maio de 2002. O suspeito, de 26 anos, foi descrito como tendo barba comprida e estar vestido como um muçulmano." Ou seja, segundo esta notícia do jornal "A Capital", igual nos seus preconceitos a tantas outras que relataram esta morte, o assassino é o único que tem direito a um tratamento isento: apesar de estar vestido como muçulmano e de mais à frente se ter acrescentado que possuía nacionalidade marroquina ninguém o adjectiva de nada. Não é controverso, não é fundamentalista islâmico, não é racista, não é anti-ocidental.

Imaginemos que Theo van Gogh em vez de fazer um filme sobre a violência a que o Islão submete as mulheres ou sobre o "político populista e de ultradireita Pim Fortuyn" tinha optado por tratar a vida de Chico Mendes, o líder dos seringueiros brasileiros assassinado em 1988 e que o homem que o matara tinha nacionalidade brasileira. Então esta notícia seria mais ou menos assim: "O cineasta conhecido pelas suas corajosas posições de apoio à luta dos povos da Amazónia acabara de realizar um filme sobre o assassínio do carismático líder seringueiro Chico Mendes, barbaramente assassinado no final de 1988 por homens a soldo dos grandes fazendeiros do estado do Acre. A possível ligação do assassino de Theo van Gogh aos responsáveis pela morte de Chico Mendes parece ser inevitável." Como Theo Van Gogh não escolheu os temas certos é um assassinado "controverso".

Moral da História: no pensamento único nada se perde, tudo se transforma."

Nunes A

quinta-feira, novembro 04, 2004

MAS QUEM?

Hoje ouvi o treinador do Panionios a falar na TV. Dizia ele:"…eles trocam muito bem a bola, jogam de forma muito rápida e tentam surpreender o adversário, temos de ser bastante cautelosos…".

Eu pergunto: estaria a falar de quem?
JQ

COMEÇOU A PALHAÇADA

Mário Soares disse, sobre as eleições Americanas, que apesar de Kerry ter tido menos votos, quem votou nele foi a "melhor América" (e, naturalmente, quem votou em Bush foi a "pior América", que, como se viu, é constituida por mais de 50 milhões de pessoas, daí que seja um pais tão horrível). Será justo dizer que quem votou em Soares foi o "pior Portugal"? Já agora, estranha noção de democracia que tem o senhor Soares...
Nunes A

HUMOR?

Há uns dias atrás foi postado, anonimamente, uma foto de conteúdo obsceno sobre cuja estava o título “a cabala”. Funcionou, houve quem achasse graça. A piada está no contraste entre o título sério e o conteúdo muito pouco sério (de acordo com certa perspectiva). A graça tem também um pouco a ver com o Tabu. Como quando num programa com linguagem séria, alguém para provocar gargalhadas diz “caralho” ou foda-se”. Devo dizer que não achei muita piada, senti que era demasiado Fernando Rocha. Mas, a ideia não era totalmente má. Contudo, a repetição da mesma ideia no post “a reeleição de bush” não tem qualquer piada. Já agora porque não fazer um post entitulado “Reunião de ministros do governo de Santana Lopes” e pôr uma foto de lésbicas? Ou então “reunião secreta do BE” e colocar algumas fotos dos filmes gays do A. Frota, para nem falar das inúmeras possibilidades relativas ao título “túnel fechado”. Digamos que a mescla de títulos políticos e pornografia barata já deu o que tinha a dar. Não diria nada disto se os posts fossem assinados, mas por possuírem a desagradável característica de serem anónimos, faz-me pensar que o seu próprio autor está inseguro quanto ao sucesso deste tipo de humor. Antecipando (e desse modo evitando) a sua reacção digo que o tal autor, perante este post pensa em: fazer um novo post anónimo com uma imagem porno e com um título referente à minha pessoa (ou outro título do género, mesmo pegar num dos exemplos que dei acima). Uma vez que eu já referi essa hipótese parece-me que ele não a seguirá. Outra é escrever um post sério a argumentar a validade desse tipo de humor, e, já agora, porque é que foi anónimo (esqueceste-te de assinar? Sofres de dulpa-personalidade e foi o Mr Hyde quem postou?), e provavelmente, a atacar uma pseudo-postura moralista da minha parte. Sublinho, não existe qualquer tentativa de censura (essa censura tão na moda, vide “querem silenciar o Marcelo!! Ai ai!). Pura e simplesmente não acho graça e acho cobarde não assinar. Mais nada.
Nunes A

quarta-feira, novembro 03, 2004

BUSH REELECTED

FODA-SE

Mais 4 anos, não é?
JQ

terça-feira, novembro 02, 2004

OPTIMISMO

Para quem é fervorosamente pró Kerry. Mesmo que Bush ganhe, pensem assim: ao menos o candidato do Michael Moore perdeu!
Nunes A

KERRY JOLIE E QUE DESTINO DAR À ESFREGONA VILEDA

Está a decorrer. Espero que seja sem espinhas, acima de tudo. Fala-se em dez mil advogados de cada lado. Eu acho que fazem falta no Iraque. Entretanto, além do videozinho do homem santo menos santo da história, um realizador, por ter feito um filme sobre a opressão de que as mulheres muçulmanas são vitimas, foi assassinado…onde? Vejam lá isto, de todos os sítios do mundo para se fazer uma barbárie desta, foi calhar logo na Holanda. Na Holanda! No paraíso dos liberais, provavelmente perto dum coffee shop onde o haxixe é vendido, porque é legal, e perto também de uma “montra” onde as prostitutas se exibem, porque lá, a prostituição também é legal. Se os cabrões matam gente na Holanda matarão em todo o lado. Espero que ganhe o Kerry, mas não esqueçamos algo. O mau da fita aqui é o senhorzinho de barba e olhos de vaca narcoléptica que, pelos vistos, gosta dos filmes do Michael Moore. Se Bush ganhar, também não há mal, mas vai haver muito choro, quer nos EUA, quer em França (prevejo que com uma vitória de Kerry haja festa nos Champs Elysee). Mas, e que dizer de Alexandre Frota, esse “bom gigante” ou de JCB, a bicha mais irritante da história completa das bichas irritantes. E que dizer da burocracia?? Das comissões? Quem chorar porque ganhou o Bush é parvo. Quem chorar porque ganhou o Kerry parvo é. Quem chorar porque saiu a não-sei-quantas da Quinta merecia ser empalado por uma esfregona vileda. E Israel. Sharon pode ter feito muita, mas mesmo muita, merda. Mas agora demonstra tomates e arrisca-se a vê-los cortados pela extrema-direita. Quanto à bola. Só falo depois do Porto Sporting, o qual prevejo que vamos perder. Prevejo também outra coisa. Os lampiões histéricos que quiseram emigrar depois do jogo com o Porto devem ver os leões jogar nas antas para entrarem em contacto com o que, provavelmente, poderá ser apelidado de gamanço histórico. Mais uma coisa; eu fazia melhor trabalho no Real Madrid. Ahh e ainda….péra, tinha qualquer coisa mais para dizer…….ah, já sei, a boca da Angelina Jolie é verdadeira. O resto, digo eu, é que não é….Mas se eu pudesse, ai se eu pudesse.. ficaria tão lesionado que só me viam nos asfaltos daqui a uns meses. Angelina foi, para quem não sabe, eleita a mulher mais sexy do mundo. Estas listas raramente acertam, mas desta vez não andaram longe…Oiçam o novo álbum de interpol pelo menos dez vezes. Vou ali comer ketchup…

O DESIGN E A REGRA DE OURO DO CAGAR EM LOCAIS PÚBLICOS

Sabe Deus o que gosto de peças design. Candeeiros design, cadeiras design, sofás design, tudo design. Agora, o que eu não posso é com sanitas design. Sanitas design são agradáveis à vista, é verdade. Mas são muito pouco práticas. Para já, são quadradas. Alguém aí tem o cú quadrado? Que eu saiba, não. Mas o maior defeito das sanitas design é a largura do buraco. Mas porquê um buraco tão grande? Há alguém que cague daquela grossura? E o pior: aquele pingo que regressa e nos embate nas nalgas sempre que o cagalhão acabado de expelir ultrapassa os 250 g. Impagável.

Ora, esta problemática leva-nos a outra questão. A regra de ouro do cagar em locais públicos: limpar sempre a sanita com, nunca menos de três palmos, de papel higiénico. Esta operação, não só impede a contaminação de bicho indesejável ao nosso delicado organismo, como também elimina a ocorrência do falado regresso do pingo, uma vez que o cagalhão é amortecido pelo papel que, após a limpeza, resta no fundo da sanita.
JQ

A ESCOLHA

Pois é, finalmente chegámos ao grande dia. Kerry Vs Bush. Definir o pensamento americano e o próprio americano é virtualmente impossível. As assimetrias socio-culturais são tão grandes entre estados que às vezes pensamos que são países diferentes. Na secção internacional do Expresso desta semana vem o mapa eleitoral dos Estados Unidos segundo as preferências esperadas dos mesmos, onde se realça o peso dos estados indecisos. E é fácil chegar a uma conclusão um pouco simplista, mas óbvia: os estados que contêm os grandes centros urbanos e mais desenvolvidos votam Kerry. Exemplos? Aqui vão - Estado seguido de cidade entre parentesis: Nova Iorque (NI), New Jersey (NJ), DC (Washington), Massachussets (Boston), Illinois (Chicago), California (LA), Washington (Seattle), entre outros de menos relevo. Entre os estados indecisos encontramos Florida (Miami) e Michigan (Detroit).
Metaforicamente digamos que os votantes americanos se dividem num hamburger onde as finas mas representativas fatias de pão das costas Atlântica e Pacífica comprimem um largo pedaço de carne (com alguns, mas poucos bocados de Ketchup Kerry) que representam os estados mais centrais que maioritariamente votam Bush. E é precisamente esta a grande força de Bush: Ao contrário dos Europeus, que preferem rever-se num líder letrado, competente e com uma inteligência acima do normal, o americano médio destes estados centrais prefere um líder como eles, que faz barbecues com os amigos aos domingos, bebe Budweisers a ver o Superbowl e joga Basebol com o filho no backyard. Não deixa de ser irónico que estes estados (Ex: Alabama, Mississipi, Lousiana, Kansas, Nebraska, etc) apesar de serem os mais prejudicados pelas politicas sociais de Bush, por serem mais pobres, mantêm o seu indefectível apoio. E neste caso, vão me desculpar a franqueza, mas os "rednecks" destes Estados mais Conservadores têm um nível educativo e percepcional inferior, e são os mais cativados por slogans como "Eixo do Mal", "Já capturámos mais de 3 quartos dos líderes da Al-Qaeda" e "Com a fraqueza demonstrada por Kerry, os terroristas vão se sentir tentados a atacar-nos de novo".

Como já foi dito inúmeras vezes os Estados indecisos vão decidir as eleições. Realisticamente penso que Bush têm mais probabilidades de ser eleito, mas para bem do mundo em geral, espero que seja Kerry (embora o Al Gore fosse um candidato muito melhor, mas paciência). Caso Bush ganhe, esperemos que não seja com outro roubo como foi em 2000.
A esperança é a última a morrer e se os primeiros dados que recebermos referentes à percentagem da participação dos votantes for alta, podemos estar optimistas. Simplesmente não consigo imaginar as consequências de mais 4 anos de Bush, Cheney e Rumsfeld. Força Kerry, 80% do Mundo está contigo!
MNM