Finalmente começou a nova época de Formula 1. Para os apaixonados deste desporto automóvel, o defeso da F1 é tão penoso como o defeso da época futebolística.
A 1ª corrida foi excelente. Emotiva até final, com bastantes ultrapassagens e com 4 equipas aparentemente bastante equilibradas na luta pela vitória (Ferrari, McLaren, Renault e Honda). As modificações introduzidas pela FIA surtiram o seu efeito na corrida inaugural e pelo menos neste princípio de época assiste-se a uma competitividade maior àquela que existia o ano passado.
Em relação às alterações mais significativas sublinho a introdução dos motores V8 (substituindo os V10, como medida para restringir as velocidades e os custos crescentes), a revogação da estúpida lei que impunha que o mesmo jogo de pneus tivessem que durar a corrida inteira e o novo formato de qualificação por eliminatórias, que é muito do meu agrado, de resto.
Nesta primeira corrida o resultado final espelhou de alguma forma os principais candidatos ao título: Alonso, Schumacher e Raikonnen, 3 pilotos absolutamente superiores. Penso que finalmente este irá ser o ano do finlandês.
De realçar é no entanto a fabulosa corrida de um "rookie". Decorem este nome: Nico Rosberg. Campeão no ano transacto de GP2 (antecâmara da F1), o filho do ex-piloto Keke Rosberg, de apenas 20 anos, teve uma prestação excelente, cheia de garra e grandes ultrapassagens e conseguindo a melhor volta da corrida num Williams que, sendo melhor que o do ano passado, ainda está ligeiramente atrás das 4 primeiras equipas. Desde há muito que um estreante não despertava tanto frenesim no "paddock". No sentido contrário, a Toyota, a equipa com o maior orçamento em 2006, foi um verdadeiro desastre.
Já no próximo fim-de-semana vai disputar-se o GP da Malásia, que tem a particularidade de com as suas duas rectas enormes e fortes travagens, proporcionar excelentes ultrapassagens. Sem me querer antecipar, mas prevejo que este vai ser um ano "vintage" na história da F1.
MNM